Moroccan Style

A arquitetura marroquina tem suas raízes na arquitetura mourisca, mas é vista fundamentalmente, como uma fusão de influências recebidas por várias civilizações antigas, tanto do mundo árabe, quanto do europeu.

Mesmo apresentando alguns contrastes, o estilo marroquino tem suas características próprias, fruto de um profundo respeito para com a natureza bem como da crença de que todas as plantas, animais e objetos possuem espírito.
Para eles, o valor dos objetos está ligado ao seu poder, conhecido como “baraka”, um conceito importante para a compreensão das tradições artísticas do Marrocos.
 “Baraka” tem muitos significados, mas fundamentalmente representa o poder positivo de todos os santos e a força inspiradora dos artesãos. Segundo sua crença, este poder é introduzido em todas as coisas, de joias à cerâmicas e tecidos, protegendo não só o artista, como também aquele que terá, ou usará o objeto criado.

         

fotos: Hotel Ryad Dyor, Marrakech

fotos: acomodações e pátio interno do Hotel Ryad Dyor, Marrakech

Um dos elementos mais marcantes na arquitetura marroquina, são as “Riads”, construções tradicionais com jardim ou pátio interno. “Ryad” é o termo árabe para “jardim” e a criação destes jardins particulares, reflete a preocupação dos projetos com relação à privacidade, principalmente das mulheres, que só podiam sair nas ruas cobertas por roupas e lenços.

       

fotos: referência de Riads tradicionais

As “riads” desviam o foco das fachadas da casa, dando muito mais importância para o seu interior. Normalmente os pátios são construídos exatamente no ponto central da edificação e é para onde a maior parte dos cômodos se volta. Isto garantia proteção da família, tanto contra possíveis ataques, quanto do sol escaldante, sem privá-los de iluminação e ventilação natural.
O estilo das riads mudou ao longo do tempo, mas sua essência continua a mesma, jardins com árvores frutíferas e vasos coloridos, paredes adornadas com azulejos zellige, escritos em caligrafia árabe e sitações do alcorão, ou rebocadas com cal, técnica chamada de tadelakt,

fotos: referência dos tradicionais azulejos zellige

       

fotos: referência do reboco com cal e tinta tadelakt

Outro elemento fortíssimo da arquitetura marroquina, são os “muxarabis”, painéis vazados em madeira ou metal, usados como recurso pelos árabes para fechar parcialmente um ambiente, sem privá-lo de iluminação e ventilação natural. A principal função do “muxarabi” no mundo árabe,  era a de proteger as mulheres dos olhares masculinos.
Existem algumas versões ocidentais do muxarabi, como as treliças e os cobogós, entre outros.

foto: exemplo de muxarabi

     

fotos: releitura dos muxarabis
detalhe painel da casa da designer Lisa Bruce, perto de Marrakech, à direita
detalhe da fachada proposta pelo arquiteto Marcio Kogan, para o edifício do Instituto Moreira Salles

fotos: muxarabi restaurante Manish 
via arcoweb

referência cobogó, foto: Ricardo Labougle

O “Moroccan Style” , estilo de decoracao marroquina moderno, combina através de um olhar europeu, as melhores influencias da arquitetura mourisca e é conhecido por seu ar acolhedor e ao mesmo tempo vibrante.
A concepção fiel do estilo marroquino é mais ornamentada, mais pesada, enquanto a versão moderna dá um toque de frescor aos ambientes tradicionais.
Seus principais elementos são, sem dúvida, cores vibrantes, a iluminação indireta, com suas lanternas em ferro ou madeira, tecidos trabalhados e estampados, os mosaicos e arabescos, além de alguns móveis em madeira trabalhada, tudo combinado em uma versão mais light.
Alguns exemplos abaixo:

fotos: casa da designer Lisa Bruce, alguns quilômetros de Marrakech
fonte: Elle Decor

    

fotos: dormitório e terraço – casa da designer Lisa Bruce
fonte: Elle Decor

fotos: detalhes do dormitório e do muxarabi – casa da designer Lisa Bruce
fonte: Elle Decor

 foto: referência de decoração com influência marroquina

     

 foto: referência cores vibrantes na decoração

 foto: referência arquitetura marroquina com elementos modernos

Gostou do estilo? Onde encontrar:

        

lanternas em vidro colorido ou em ferro, na L’oeil

chaise “Cercado”, por Fernanda Brunoro, na Dpot

mantas coloridas By Kamy

                 

almofadas Le Lis Blanc Casa

                 

vasos esmaltados, na L’oeil

banquetas Marakatú, por Sérgio Matos, na By Kamy

Espero que tenham gostado.
Dúvidas ou sugestões, deixe seu comentário ou mande um email para: contato:blogdaarquiteta.com.br

aqui tem design!

Inspirações …

luminárias NLC, por next lighting, na Fas iluminação

embalagens recicláveis para lâmpadas halogenas, Projeto conceitual de Mongkol Praneenit, para G.E.

mesa de centro parte da coleção Baud Collection, por Vito Selma, inspirada nas ondas do oceano

chaise Zaha, por Porfírio Valadares, na Dpot

bancos em mármore travertino toscano e madeira, por Camasa

mesa de centro em madeira e vidro, por Monica Cintra

cabideiro loose, por Jader Almeida, na Dpot

espremedor em aluminio salif juicer, por Phillippe Starck, para Alessi

garrafas de água Kor One, por RKS design,
feitas de Tritan, plastico não tóxico,
desenvolvidas para estimular as pessoas a beberem mais água
sem utilizar muitas garrafas descartáveis

telefone sem fio Eclipse, por Sebastien Sauvage

sandália Mojito, pelo arquiteto londrino Julian Hakes, feito em fibra de carbono,
inspiração a partir de pegadas na areia,
a distribuição do peso concentra-se no calcanhar e na bola do pé


                       

relógio Délices, Cartier – não é meu preferido da marca,
mas não podemos negar a qualidade em seu design
me lembra muito os relógios derretidos de Salvador Dali

bracelete em ouro branco, diamanes e rubis, por Samantha Abrão

Que venha o verão!

Férias, verão  … sol e passeios de barco são a combinação perfeita! Esta semana o blog traz dicas de materiais e produtos que aguentam a maresia e outros que devem ficar em casa.

Com o avanço da tecnologia, a vida a bordo ganhou muito mais conforto e estilo. Sem dúvida a praticidade ainda é o ponto de partida, já pelo espaço reduzido de cada ambiente, mas foi-se o tempo em que o couro sintético - “ultraleater”  era a única opção para revestir os estofados das embarcações. Hoje são inúmeras as opções de tecido e detalhes para a decoração, mas é importante fazer a escolha certa.

Todos os materiais e objetos do barco devem ser escolhidos a partir do estilo de vida de seu dono e usuários, porém algumas dicas ajudam a evitar problemas:

- “menos é mais” com certeza esta frase se aplica à decoração interna das lanchas, iates e veleiros. O ideal é escolher objetos multifuncionais, que tenham alguma utilidade além de complementarem o ambiente. Não exagere na quantidade de almofadas e objetos pessoais.


foto: interior lancha Ferretti 570

- Não é qualquer material que aguenta a maresia, a prata por exemplo, fica escura em menos de meia hora. O melhor é escolher materiais inoxidáveis, como o alumínio, aço inox, madrepérola, osso e chifre.

 

foto: bowl de madrepérola e talheres em chifre, Le Li Blanc Casa

- Louças, jarras e copos em vidro também não são o ideal. Qualquer movimento do barco pode provocar o deslocamento e consequente quebra destas peças.
A melhor opção são pratos, bowls e xícaras de acrílico, policarbonato ou melanina.
Para quem não abre mão de degustrar um bom vinho ou espumante, pode optar pelas taças de titanio, muito mais resistentes que as de vidro ou cristal.

foto: copos em acrílico, taças de titanio e forma de silicone, na Spicy

- Os tecidos também devem ser escolhidos com cautela.
Dê preferência aos mais leves como o algodão, ou os atoalhados.O ideal é optar sempre por tecidos para uso externo – outdoor.
Desenvolvidos especialmente para este fim, são mais resistentes ao desbotamento, mofo e bolor, além de fácil manutenção.

          

foto: almofadas e pufe com tecido e espuma especial para área externa, Missoni Homelinha outdoor

-  Os objetos de decoração devem ter a base reta, para serem colados à superficie de apoio, evitando seu deslocamento quando o barco navegar.
É bom ter em mente, que objetos pontiagudos podem causar acidentes. Prefira formas orgânicas e cantos arredondados.

                                       

foto: luminárias de mesa “molecular” da next lighting, na Fas iluminação 

Espero que tenham gostado das dicas. Logo teremos mais novidades sobre este assunto …
Aguardo seu comentário

As diferentes faces do Mármore Travertino

Tecnicamente, os travertino são rocha calcárias naturais, formadas a partir da transformação química e física sofrida por outras rochas e pela ação da água doce, responsável pela criação dos espaços ocos tão característicos deste material.
Na arquitetura, é usado como pedra ornamental desde 2560 a.C. como por exemplo, na construção das Pirâmides pelos egípcios, ou em 68 d.C na construção do Coliseu pelos romanos e nos dias de hoje, aplicada em diversos projetos de arquitetura, interiores e na decoração.

 Sculpted Travertine Wall, 20 Gresham Street Building – Londres, projeto do arquiteto Kohn Pedersen Fox

A durabilidade, a diversidade e as qualidades estéticas do Mármore Travertino, colocam este material na lista dos mais desejados na hora de construir.

Escolhi alguns projetos para exemplificar as várias maneiras de se trabalhar o travertino e começo pela Travertine Wall, idéia do arquiteto Kohn Pedersen Fox, para o hall de um dos edifícios comerciais mais tradicionais de Londres, que oferece 22mil metros quadrados de espaço para escritórios.
A inspiração do arquiteto partiu do próprio material, naturalmente esburacado.
O efeito visual é muito impressionante, parece uma placa de travertino vista através do microscópio, que teve a escala de seus orificios ampliada, muito criativo. Acho este projeto fantástico, não só pelo trabalho feito nas paredes, mas principalmente por ter dado vida e importância a um espaço normalmente menos interessante.

Imagens do mármore trabalhado nas paredes do hall do edifício

   

Recepção e Hall dos elevadores 

Lounge

O emprego do Mármore Travertino na arquitetura já é conhecido por muitos, porém o que poucos sabem, é que existem diversos tipos de travertino, provenientes de vários lugares do mundo, cada qual com suas particularidades.

O mais famoso, é o Travertino Romano Clássico, usado na arquitetura desde o Imperio Romano, em obras como o Coliseu e a Basílica de São Pedro, o que prova sua resistência e durabilidade. Pode apresentar colorações que vão desde um tom palha até um bege mais amarelado e sem dúvida é um dos mais procurados pela sua história e tradição.

O Travertino Toscano é o meu preferido. Visualmente muito similar ao Romano, porém mais resistente, consegue unir flexibilidade e rigidez. Pode ser usado para revestir pisos e paredes ou na criação de mobiliário, como bancos e mesas.
Quem tem exclusividade do Travertino Toscano no Brasil e distribui para toda a América Latina, é a Camasa, nossa parceira no Blog. O grupo italiano, que já forneceu produtos para projetos em Nova Iorque, Costa Azzura e Dubai, entre outros, desembarcou em São Paulo em 2011 cheio de novidades.
Para começar, a extração, produção e acabamentos do mármore da Camasa, são feitos diretamente na pedreira, em Saturnia – Toscana, o que lhes permite trabalhar e esculpir blocos inteiros, trazendo para o Brasil não só as tradicionais chapas para revestimento, como também painéis, móveis e peças de design. Os paineis são tão fantásticos que merecem um post exclusivo.
A novidade para 2012 é o travertino fotoluminescente! Placas que parecem o travertino convencional, mas são capazes de absorver os raios de sol e depois liberar esta energia em forma de luz.

Inédito não? Em breve trarei todas os detalhes.

Banco, revestimento das paredes, bancada e painel, todos em Travertino Toscano by Camasa

Além do travertino italiano, existem grandes pedreiras deste tipo de mármore no México, na Turquia e no Peru, porém muito cuidado, pois a qualidade não é a mesma! Os mármores italianos, são muito mais resistentes, por consequência, muito mais caros. O Travertino Turco, por exemplo, tem mais calcário em sua composição, o que o torna mais frágil e quebradiço.

Se a idéia é baratear o custo da obra sem abrir mão do travertino, o Turco até pode ser usado, mas com algumas ressalvas, como por exemplo: aplicá-lo nas paredes e não no piso, não usá-lo como revestimento para as áresa externas e sempre ter em mente que se trata de um material menos resistente.  O custo do travertino turco versus o romano e toscano é significativo. Enquanto o primeiro está em torno de R$ 250 a R$ 500 o metro, os italianos ficam em torno de R$ 650 a R$ 1500,00 o metro.

Esta diferença de valores entre os travertinos de mesma origem está relacionada à perfeição do bloco, ao corte, coloração etc. Pense no travertino como um diamante, pedra preciosa que tem seu valor avaliado de acordo com sua cor, claridade, quilate e corte para depois se encaixar em uma categoria. Com o travertino ocorre algo similar. Infelizmente muitos fornecedores prometem preços milagrosos, pois vendem o travertino turco como romano ou toscano. Em vez de fazer um bom negócio, estamos pagando um valor muito acima do mercado para o produto que vamos receber. Por isso é muito importante ficar atento ao fornecedor, procurar visitar outras obras da mesma empresa ou melhor ainda receber indicações de amigos ou arquitetos que já tenham trabalhando e aprovado o serviço.

Muito dificil representar com imagens as diferenças entre os diversos tipos de travertino, mas selecionei algums fotos que imagino estarem bem próximas da realidade.

  

da esquerda para a direita: Travertino Romano, Travertino Toscano e Travertino Turco

Outra dica: antes de escolher o seu travertino, faça a conta! Dependendo da metragem desejada ou da complexidade do projeto, o travertino turco pode sair mais caro que os italianos!
Explico o motivo: normalmente, as chapas de mármore são cortadas na obra para então serem aplicadas. Para todo material considerado na obra, calcula-se uma perda, ou seja material comprado que sofreu algum tipo de dano e não poderá ser reaproveitado. Como o travertino turco é mais frágil, a probabilidade deste material sofrer algum tipo de estrago, seja por ineficiência no corte, seja por descuido de algum funcionário, é muito maior quando comparado com os travertinos italianos, mais resistentes.
Ou seja, o barato pode sair caro!

Para quem tiver dúvidas sobre fornecedores, valores apresentados nos orçamentos ou simplesmente quiser mais informações sobre o que é possível fazer com o Mármore Travertino, mande ume email para contato@blogdaarquiteta.com.br  me coloco à disposição.

Finalizo com mais algumas referências …
Obrigada e aguardo seus comentários

   

Vivienda 4 – projeto do escritório espanhol A-Cero 

 

banheiras esculpidas em travertino 

               

travertino no banheiro combinado com madeira de demolição e como acabamento da lareira

Missoni Home outdoor

Conhecida mundialmente por suas estampas, cores e texturas, a famosa marca italiana, saiu do guarda roupas para vestir a sua casa.

foto: The Ombrellini Terrazza, at Aqua Nueva – Londres

Criada em 1953 inicialmente como uma pequena malharia, a Missoni, de Rosita e Ottavio Missoni, se destacou desde o começo por sua criatividade em tecer peças coloridas e exclusivas, características que a tornaram uma das marcas mais desejadas do mundo.
Os tecidos de altíssima qualidade e o trabalho bem executado, permitiram a expansão da marca e em 1981, surge a Missoni Home, direcionada para o mundo da Decoração e do Design. O estilo único, multicolorido e de personalidade vibrante, tornaram inconfundíveis os produtos da “fashion brand”, que vão de almofadas a tapetes e sofás.

A Missoni Home aterrizou no Brasil em 2010 e hoje já comanda duas lojas em São Paulo.
A novidade para 2012 são os produtos outdoor, que aliaram a sofisticação da grife, à praticidade dos tecidos e móveis cuidadosamente desenvolvidos, para continuarem glamorosos faça chuva, faça sol.

Escolhi para o post de hoje, duas linhas que fogem um pouco do tradicional zigue-zague, que particularmente adoro, mas que na minha opinião combinam muito com a atmosfera do verão brasileiro:

Ombrellini: cadeiras, toalhas para piscina, pufes e almofadas (45×45 ; 30×60 ; 60×60) 

linha outdoor Ombrellini: cadeira “folding chair” e pufes

   

linha outdoor Ombrellini: almofadas 45×45 ; 30×60 e puf

linha outdoor Ombrellini: folding chair e pufes

Girandole: espreguiçadeiras, toalhas para piscina, pufes e almofadas (45×45 ; 30×60 ; 60×60) 

linha outdoor Girandole: espreguiçadeira e pufes

  

linha outdoor Girandole: almofadas 45x45 

 linha outdoor Girandole: almofadas 45×45 e toalhas

Todas as linhas indoor e outdoor estão disponíveis pelo blog! Basta mandar um email para: contato@blogdaarquiteta.com.br e fazer seu pedido.
Dezembro é o mês Missoni Home! Produtos novos toda semana!